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A principal revolução da pintura a partir da tinta a óleo foi o emprego de uma substância secativa que permitia a secagem satisfatória da obra à sombra. A pintura a óleo oferece uma versatilidade ao artista que nenhuma outra técnica dispõe. A tinta pode ser uma massa espessa e de secagem demorada, pode ser diluída e permitir um traço mais raso, ou pode ser espessa e ter uma secagem rápida, com o uso de substâncias secativas. No entanto, há também desvantagens na pintura a óleo, as obras tendem a escurecer com o tempo, e acontece também o fenômeno denominado craquellure, que é a aparência craquelada que a tinta apresenta na tela de acordo com seu envelhecimento.
Há várias formas de utilizar a tinta a óleo. Pode ser aplicada pura, criando uma pincelada intensa, pode ser diluída, aproximando-se da textura das aquarelas ou pode ser aplicada com um pedaço de pano, para produzir um suave laivo. Há também a possibilidade de compor a pintura, criando várias camadas, utilizando do recurso de sobreposição de tintas, que se dá da seguinte forma: aplica-se uma camada, espera-se a secagem e aplica-se a segunda camada. Desta maneira, é possível produzir efeitos de cor exclusivos da pintura a óleo.
As principais obras de pintura a óleo foram Mona Lisa e A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci; As Meninas e Retrato do Papa Inocêncio X, de Diego Velázquez; Os Camponeses Comendo Batatas, Doze Girassóis numa jarra, A Noite Estrelada, Retrato de Dr. Gachet, de Vincent van Gogh; e O Grito, de Edvard Munch.
Como é possível observar, estas obras localizam-se em diferentes momentos da história, e em diferentes contextos literário-artísticos, o que coloca a pintura a óleo como uma técnica extremamente presente e influente na cultura universal. As manifestações artísticas relacionam-se geralmente com o momento político-histórico vivido pela sociedade em que vive o artista, logo, ao refletir que a pintura a óleo surgiu no Renascimento, compreende-se sua irrevogável importância histórico-cultural nas manifestações artísticas mundiais.
É importante protagonizar o elemento cor e o produto tinta como fundamentais na arte de pintar, porém há uma diversidade de elementos que precisamos ressaltar, onde o “Suporte” torna-se fundamental para que haja a pintura, chegando a interferir no processo e resultado da técnica utilizada. O suporte pode ser uma tela de tecido ou couro, uma parede, uma tábua, e demais superfícies escolhidas pelo artista. Suporte e superfície são elementos distintos na linguagem das artes visuais. Suporte é o objeto ou local onde será preparada a superfície para ser pintada. Alguns “objetos” utilizados pelo pintor no desenvolvimento de sua técnica são os pincéis, as espátulas, as paletas, os dedos, e demais utensílios que lhe facilite o resultado estético desejado. A boa técnica de um pintor está no tipo de pintura que ele realiza, e no uso adequado dos elementos que a caracterizam, desde a preparação do suporte às últimas pinceladas. È dominando as técnicas de produção de materiais e manipulação de objetos que o artista vai aprimorando as técnicas de pintura como o Afresco, a Têmpera, a Aquarela, a pintura a óleo, etc.
A técnica do Afresco é a carbonatação da cal do estucato, que ao secar, transforma-se em uma superfície compacta, fixando a cor. Para isso é essencial que as cores sejam aplicadas com o estucato e a cal ainda úmidos. Por este motivo que esta técnica denomina-se Afresco. Ela era utilizada nos trabalhos de mosaicos dos séculos XII e XIII, mas foi no Renascimento que se avançou na produção de Afrescos, criando novas técnicas de reprodução de imagens na parede denominadas “Sinopia” e “Estresido”. A técnica da “têmpera” é uma pintura que utiliza pigmentos secos “temperados”, ou melhor, misturados ou dissolvidos num líquido que os tornem aderentes, para se fixar e se estabilizar na superfície do suporte onde será produzida a composição visual. A gema de ovo foi o aglutinante mais importante utilizado nesta técnica.
A “Aquarela” é uma técnica de pintura que utiliza corantes dissolvidos em água, possui transparência e luminosidade, por ser habitual utilizar papel, cartão ou madeira com cor branca. A aquarela pode utilizar aguada de guache ou técnica mista. Ela é uma técnica que exige agilidade, segurança e espontaneidade do artista, pois é quase impossível a correção de um erro. A técnica do “Aguaço” se diferencia da aquarela por diluir as cores em água e utilizar o pincel para colocar o branco na composição. Já a técnica de “Aguada” é parecida com a aquarela, porém mais simples por utilizar água e outras substâncias como goma, mel, cola, etc., com seus corantes.
A técnica de pintura a “Óleo” foi desenvolvida no século XV e revolucionou a arte pictórica. Ela se caracteriza por utilizar os pigmentos moídos e coesionados com óleo, que pode ser o de linhaça, de noz, de dormideira, ou outros, adicionando-se a eles, na aplicação, óleos dissolventes e secantes. Inicialmente pintava-se a óleo utilizando como suporte a madeira, mas logo passaram a utilizar telas de tecido. A superfície do suporte precisa ser preparada para absorver as cores de forma regular. Esta técnica de preparação da superfície é chamada de “Imprimação”.
A aquarela ou aguarela é uma técnica de pintura em que os pigmentos são geralmente dissolvidos em água, ou são utilizados suspensos sobre o suporte.
Estima-se que a técnica tenha surgido há cerca de 2000 anos, na China, simultânea ao surgimento do papel e dos pincéis de pêlos de coelhos. Os principais suportes utilizados na aquarela são o papel com alta gramagem – densidade do papel –, cascas de árvore, plástico, couro, tecido, papiro e a própria tela.
Fontes:
https://www.sergioprata.com.br/port/aquarela.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aguarela
O afresco, derivado de “buona fresco”, que significa “boa nova”, em italiano, já era utilizado por gregos e romanos, tendo relatos históricos de sua utilização na decoração da Pinacoteca da Acrópole de Atenas, que datam do século V a.C..
A técnica exige do artista muita destreza e rapidez, pois a secagem é muito rápida, o que obriga o pintor a ser ainda mais rápido e competente no que faz. Uma das grandes desvantagens do afresco é a quase impossibilidade de corrigir erros depois da conclusão da pintura.
A técnica do afresco esteve presente em grandes momentos da história da arte, e ainda é muito utilizada e valorizada por artistas puristas, pois estes acreditam que a técnica somente pode ser executada com pigmentos naturais. Além do papel importante no desenvolvimento da cultura de todo o mundo, os afrescos também são de grande beleza.
Fontes:
https://www.pitoresco.com.br/art_data/afresco/index.htm
https://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=26
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afresco
Seus pais eram o notário – hoje conhecido como tabelião – Piero di Antonio da Vinci, e a camponesa Catarina. Assim que nasceu, eles se separaram e seu genitor contraiu matrimônio com outra mulher, Albiera di Giovanni Amadori, bem mais nova que ele. Ao completar cinco anos, Leonardo foi retirado da guarda materna e entregue ao pai.
Em 1482 o artista segue para Milão, e nesta cidade trabalha para Ludovico Sforza, atuando como engenheiro, escultor e pintor. Neste período, que tem como limite o ano de 1486, ele empreende uma de suas realizações mais conhecidas, A Virgem dos Rochedos, pintura concebida para um altar. Até 1488 ele se dedica à arquitetura, permanecendo no atelier da Catedral de Milão.
Leonardo, antes de voltar para Florença, realiza sua última obra para Sforza, a clássica A Última Ceia. Em 1500, já de regresso à cidade florentina, ingressa em seu estágio mais produtivo na esfera da pintura, compondo neste período sua criação mais célebre e misteriosa, o retrato da Lisa del Giocondo, cônjuge de Francesco del Giocondo – a famosa Mona Lisa.
Praticamente na mesma época ele começa a produzir a pintura mural denominada Batalha de Anghiari. Em 1516, com a morte de seu mecenas e protetor Giuliano de Medici, Da Vinci passa a atuar junto ao soberano Francisco I da França. O artista morre em território francês, em 1519, na cidade de Cloux. Seu corpo foi enterrado na Igreja de S. Florentino, em Ambroise, posteriormente destruída durante as insurreições ocorridas na Revolução Francesa.
Fontes:
https://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/davinci/biografia.htm
A escolha pelas artes foi influenciada pelo seu tio, o capitão Édouard Fournier, que o levava junto com seu irmão mais novo para visitar o Museu do Louvre. Aos doze anos de idade ingressou no colégio Rollin, atual Liceu Jacques Decour.
Não era um grande aluno de artes, decepcionou a família por ser pouco aplicado, fato que fez a sua família repensar o investimento nos seus estudos de artes, ao mesmo tempo, reconheciam que Manet não tinha vocação para estudar Direito, logo, Manet decidiu tornar-se marinheiro.
Em 1848, embarcou na escola “Havre et Guadeloupe”, que funcionava num barco real. Mesmo não tendo vocação para a marinha, obteve nas navegações grandes experiências. Ao chegar no Brasil, despertou interesse pela natureza e cultura exótica, pelas mulheres e horror à escravidão.
No ano seguinte, em 1849, fracassou ao tentar ingressar na Escola Naval. Com o apoio dos pais, retornar aos estudos de arte, iniciando no ateliê do pintor Thomas Couture. Estudou com Couture durante seis anos, aprendeu técnicas de pintura e produziu cópias de Ticiano, Velazques, Tintoretto e Delacroix.
Visitou museus da Itália, Holanda, Alemanha, Áustria e outros da Europa. Casou-se com a professora de piano Suzanne Leenhoff, com quem teve o seu primeiro filho em 1852. Por divergências artísticas, em 1856, deixou o atelier de Couture.
Na história da arte, é considerado o último pintor tradicional e o primeiro do grupo de pintores modernos franceses. Buscou ensinamento nas técnicas tradicionais e , ao mesmo tempo, se opôs às convenções acadêmicas.
Teve um quadro recusado em diversos salões e exposições, por ser suas obras consideradas escandalosas, tendo as feito num conceito de erotismo em obras como o “Almoço na relva” e “Olympia”.
Fontes:
https://educacao.uol.com.br/biografias/Edouard-Manet.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Édouard_Manet