Teste de Tiririca se resumia a ler três linhas da Constituição, diz promotor
30-09-2010 20:37
Teste de Tiririca se resumia a ler três linhas da Constituição, diz promotor
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INARA CHAYAMITI
DE SÃO PAULO
O teste de leitura e escrita que o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes tentou (sem sucesso) realizar com o candidato a deputado Tiririca (PR-SP) era uma prova simples e rápida. "Era ler três linhas da Constituição Federal. Ele se omite em relação a essa dúvida, que a cada hora aumenta contra ele", afirmou Lopes em entrevista à Folha (ouça abaixo).
"Estamos assistindo a uma fraude eleitoral com o registro da candidatura do Tiririca. Não consigo imaginar que motivos sinistros e estranhos movimentam o Poder Judiciário em encobrir essa situação", disse o promotor da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
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O promotor disse que irá encaminhar ao Instituto de Criminalística de São Paulo assinaturas e caligrafias de Tiririca para uma perícia grafotécnica. Ele irá reapresentar a denúncia com os resultados na próxima terça-feira (5).
Após a revista "Época" divulgar indícios de que Tiriria seria analfabeto, Lopes pediu, no último sábado (25), autorização à Justiça Eleitoral de São Paulo para fazer o teste com o candidato. Nesta quarta-feira (29), a Justiça Eleitoral rejeitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral. A Folha tenta entrar em contato com a assessoria do candidato a deputado federal há dois dias e ainda não obteve respostas.